quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Professor de escola no PI é afastado após fala racista: "Anos atrás compraria vocês"

Polícia

Nas redes sociais, o professor fez uma alusão ao período em que negros eram vendidos como escravos.

No Dia da Consciência Negra, data emblemática de reflexão sobre o combate ao racismo e a valorização da cultura afro-brasileira, uma fala racista de um professor identificado como Aldreciano Vieira, que trabalhava em uma escola municipal de José de Freitas, causou revolta e indignação.
Aldrecinao Vieira - Foto: Reprodução

Nas redes sociais, o professor fez um comentário que dizia: "Obrigado pelo feriado, uns anos atrás eu até compraria vocês”, em alusão ao período colonial e Império no Brasil, onde negros eram vendidos como escravos.
Professor é afastado por fala racista - Foto: Reprodução

Em nota, a Secretaria de Educação, através da Prefeitura de José de Freitas, manifestou repúdio à declaração publicada pelo professor e informou que foi determinada a abertura imediata de um processo administrativo para apurar a conduta de Aldreciano. Além disso, ele será afastado de suas funções enquanto os fatos são investigados.

“Tal postura é inaceitável, incompatível com os valores que defendemos é totalmente contrária aos princípios de respeito, igualdade e inclusão que devem nortear a educação”, diz trecho da nota.
“Declaração reforça estruturas racistas”

Através do Instagram, o coletivo negro de José de freitas resslatou que a declaração do professor representa uma afronta direta às conquistas da população negra, principalmente em José de Freitas, e reforça estruturas racistas.

“Reafirmamos que o racismo não é uma opinião, é crime previsto na Constituição Federal e na Lei 7.716/1989.Enquanto coletivo negro, não toleraremos essa postura, especialmente vinda de alguém que ocupa uma posição de liderança e que, portanto, deveria zelar pela promoção de uma educação antirracista e inclusiva. Faremos valer nossos direitos e tomaremos as medidas legais cabíveis para que este ato criminoso não fique impune”, diz a nota.

nota.