sexta-feira, 21 de novembro de 2025
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Ex-mecânico acumulou patrimônio milionário com rifas ilegais no Piauí, diz polícia; se apresentava nas redes como empreendedor
Vitor Mídia tem 160 mil seguidores e uma loja de venda de motocicletas na cidade; patrimônio chamou atenção da polícia. Assista
O influenciador Vítor Mídia, um dos investigados na Operação Laverna, deflagrada nesta sexta-feira (21) em Parnaíba, litoral do Piauí, chamou atenção da polícia por uma evolução patrimonial em pouco tempo. Segundo o delegado Ayslan Magalhães, em 2022 o alvo da ação trabalhava como mecânico. Dois anos depois, já ostentava um patrimônio estimado em R$ 3 milhões, impulsionado por rifas divulgadas nas redes sociais.
Com 160 mil seguidores e proprietário de uma loja de motocicletas, Vítor se apresentava como empreendedor digital. Suas redes sociais eram usadas principalmente para promover rifas ilegais, frequentemente apresentadas como beneficentes, de acordo com a polícia.

Reprodução/ Redes sociais
À TV Antena 10, o delegado Ayslan Magalhães explicou que o padrão de vida repentinamente elevado levantou suspeitas. “O que chamou atenção foi essa evolução patrimonial absurda em dois anos. O indivíduo que trabalhava em uma oficina mecânica, de repente, consegue comprar uma casa de R$ 500 mil, carros e motos de luxo, fazer viagens extremamente caras. Constatamos indícios de lavagem de dinheiro e ganhos financeiros decorrentes de atividades ilícitas”, afirmou.
Outro ponto que despertou alerta foi a repetição de ganhadores nas rifas divulgadas. Segundo o delegado, uma mesma pessoa teria vencido mais de uma vez, algo estatisticamente improvável, e que possuía vínculo direto com o investigado. “Alguns ganhadores tinham ligação com o promotor das rifas”, acrescentou.
Durante as investigações, Vítor apresentou documentos afirmando comercializar títulos de capitalização, mas o material não condizia com a prática. “Não existe título de capitalização de centavos, como 0,02 ou 0,05. Isso caracteriza sistema de rifa ilegal”, explicou Magalhães à TV Antena 10.
A Operação Laverna
Além de Vítor Mídia, também são alvos da segunda fase da operação Lucimayre Brito, Luiz Morfim e Sarah Brenna. As ações ocorreram em Parnaíba e apuram crimes digitais relacionados à promoção de plataformas de apostas ilegais e rifas irregulares. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, o grupo movimentou pelo menos R$ 5 milhões.

Reprodução
Os investigados utilizavam conteúdos manipulados, vídeos de supostos ganhos, sorteios, mensagens motivacionais e links personalizados para atrair seguidores, estratégias que, segundo a polícia, induziam ao erro e criavam expectativas irreais de lucro.
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II FASE DA LAVERNA
A Secretaria de Segurança Pública, por meio da Polícia Civil e Polícia Militar, deflagrou na manhã desta sexta-feira (21) a Fase II da Operação Laverna, em Parnaíba, litoral do Piauí. A ação teve como objetivo cumprir medidas cautelares em investigação que apura a atuação dos influenciadores S.C.dos.S. (Sarah Brenna), L.M.B., L.C..M.J. e J.V.A.P (Júnior Mídia), todos suspeitos de envolvimento em crimes digitais ligados à promoção de plataformas de apostas ilegais e rifas irregulares nas redes sociais.
As investigações apontam que S.C.dos.S., L.M.B. e L.C.M.J., utilizavam intensivamente suas redes sociais para divulgar plataformas de apostas virtuais conhecidas como “Jogo do Tigrinho” e similares. Os conteúdos publicados incluíam vídeos manipulados, exposição de supostos ganhos, sorteios, linguagem motivacional e links personalizados para atrair seguidores, induzindo ao erro e estimulando expectativas irreais de lucro. Já J.V.A.P. (Vitor Mídia) concentrava sua atuação na promoção de rifas ilegais apresentadas como beneficentes, sem comprovação de repasse das arrecadações e obtendo lucro direto com a prática.
A análise financeira revelou movimentações incompatíveis com qualquer renda formal declarada. Em nome de L.M.B. foram identificados R$ 213.606,60, já S.C.dos.S. movimentou R$ 1.311.784,32, enquanto seu marido, A.S.H.A.S., registrou R$ 1.664.582,01.
As contas vinculadas a L.C.M.J. apresentaram movimentação de R$ 637.783,14. No caso de J.V.A.P., o montante atingiu R$ 1.173.117,64, composto majoritariamente por microcréditos entre R$ 0,02 e R$ 20,00, enviados por mais de 3 mil pessoas distintas, padrão típico de rifas clandestinas.
De acordo com o delegado Ayslan Magalhães, as informações financeiras, somadas à ausência de declaração de renda e ao uso de empresas associadas a pagamentos digitais ligados a jogos ilegais, reforçam indícios de ocultação patrimonial, dissimulação de recursos, evasão fiscal e vantagem econômica ilícita. As condutas investigadas podem configurar crimes como estelionato, indução do consumidor a erro por afirmação falsa ou enganosa, loteria não autorizada e lavagem de dinheiro.
“A Polícia Civil continuará atuando de forma firme e incansável no enfrentamento aos crimes digitais. Não vamos tolerar o uso das redes sociais para promover apostas ilícitas, rifas ilegais ou qualquer prática destinada a enganar consumidores e obter vantagens indevidas”, pontuou o delegado Ayslan Magalhães.
O nome da operação remete à deusa romana Laverna, símbolo de atos ocultos e práticas fraudulentas, representando o caráter dissimulado das atividades investigadas.
A operação foi conduzida pela 2ª Delegacia Seccional de Parnaíba, em conjunto com a Delegacia de Combate às Facções, Homicídios e Tráfico (DFHT), Superintendência de Operações Integradas (SOI), Diretoria de Inteligência (DINT), LAB-LD e Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO).
NOTA DE FALECIMENTOS
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