As estações sismológicas de Pedro II, no norte do Piauí, e de Floriano, no sul do estado, registraram um abalo sísmico de magnitude 4.0 ocorrido nas regiões de Caxias e Parnarama, no leste do Maranhão, a aproximadamente 65 km de Teresina. Moradores de diversas cidades comentaram nas redes sociais que sentiram tremores, embora o Corpo de Bombeiros do Maranhão tenha informado que, até agora, não há registros de danos.
Foto: Reprodução
Tremor de magnitude 4.0 no Maranhão gera relatos de vibração e alerta entre moradores
Rafael J. Marques, professor da Universidade de Minas Gerais e doutorando em Geografia Física, explicou que o evento sísmico ocorreu na noite do dia (13/11), despertando preocupação entre os habitantes de Caxias e municípios vizinhos. Ele relatou: “O tremor foi detectado por volta de 22h07 a 22:30 (inicialmente) pelo Android Earthquake Alerts System, e pelas estações sismológicas da UFRN (estações de Pedro II e Floriano)”. A área afetada corresponde à faixa do médio Parnaíba, situada entre Caxias e Parnarama, caracterizada por sua profundidade no centro da Bacia Sedimentar do Rio Parnaíba.
As autoridades seguem monitorando a situação. De acordo com os relatos, “A Defesa Civil do Piauí está mantendo contato com as defesas civis municipais maranhenses do entorno para colher mais informações sobre o fenômeno”. Segundo o professor, apesar de a magnitude 4 ser considerada de baixo impacto, ainda pode ser sentida em construções próximas ao epicentro. Ele acrescentou: “Pode gerar, inicialmente rachaduras nas residências, mas depende da estrutura e do tremor na região”.
O especialista observou que o tremor pode estar relacionado a um lineamento estrutural presente na área, conforme dados do SGB (Serviço Geológico do Brasil - CPRM). Ele explicou: “Este lineamento são feições geológicas, retilíneas controladas por fraturas que representam zonas de fraqueza na crosta terrestre, como falhas geológicas e zonas de cisalhamento. As causas naturais podem ter sido por acúmulo de tensão ou acomodação de terreno ou bloco rochoso”. O Laboratório Sismológico da UFRN afirmou que continua monitorando a atividade sísmica no Maranhão e em todo o Nordeste.


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