quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Policial Militar mata cabo da Aeronáutica com tiro no peito


O policial não perguntou o que estava acontecendo, já chegou atirando
O cabo da Aeronáutica Bruno Estrella de Souza Martins, de 25 anos, foi morto na manhã desta segunda-feira com um tiro no peito por um PM que participava da Operação Centro Presente. O militar discutia com a namorada, a estudante Caroline Chambarelli, de 21 anos, quando foi abordado pelo policial. Ela disse que Bruno estava desarmado e não oferecia perigo ao PM, mas acabou sendo baleado “sem motivo”.
O casal havia embarcado num ônibus da linha 323 (Bananal-Castelo) no Terminal Procópio Ferreira, na Avenida Presidente Vargas, e, minutos depois, começou a discutir em voz alta. Caroline contou que o PM mandou Bruno sair do veículo.
O policial não perguntou o que estava acontecendo, já chegou atirando. Estava com a arma destravada e apontada para a cara dele (Bruno). Pediu para a gente descer, e a gente já estava descendo do ônibus quando o PM abriu fogo — afirmou Caroline.
A Secretaria municipal de Saúde informou que o militar foi levado morto ao Hospital Souza Aguiar, também no Centro. Ele trabalhava na farmácia do Hospital da Força Aérea do Galeão e era pai de um menino de 9 anos, fruto de um relacionamento anterior.
Lotado no 14º BPM (Bangu), o policial que atirou em Bruno saiu voluntariamente da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Batan para trabalhar na Operação Centro Presente. Ele foi levado para prestar depoimento na Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil, assim como a namorada do militar e testemunhas.