A empresa Equatorial Energia deverá assumir a Companhia de Energia do Piauí (Cepisa) até outubro deste ano, quando ocorrerá a assinatura do contrato de concessão. A Cepisa foi leiloada pelo valor simbólico de R$ 50 mil na manhã desta quinta-feira (26). A Equatorial Energia foi a única a dar lance.
O presidente da Eletrobras Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, informou ao Cidadeverde.com, em entrevista coletiva por conferência telefônica, que a redução da tarifa em 8,5% para o consumidor deverá ocorrer após 45 dias da assinatura do contrato.
A expectativa é de que até o final deste ano os usuários sejam beneficiados com essa redução. Ferreira Junior avaliou o leilão como positivo.
“É importante destacar que o leilão tinha como princípio a redução da tarifa, com capitalização da companhia em R$ 720 milhões, importante para viabilizar investimentos, e o pagamento de outorga ao Tesouro Nacional em R$ 95 milhões. A empresa (Cepisa) está avaliada em R$ 50 mil e permanece com esse valor simbólico”, explicou o presidente da Eletrobras.
No total, o investimento feito pela Equatorial para comprar a Cepisa foi de R$ 811 milhões.
Rodolfo Torres, superintendente da Área de Desestatização do BNDES, ressaltou que o processo de leiloar a Cepisa foi longo. Para ele, a expectativa do “investimento é melhorar a qualidade do serviço, a vida dos piauienses e os negócios para o Estado”. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) comandou o leilão.
já o diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, afirmou que considerava precária o processo de prestação do serviço no Piauí e a Eletrobras enfrentava dificuldades para manter o padrão de qualidade estabelecida pela Aneel, "evidentemente, sem as condições ideiais para conduzir os negócios".
"Não é culpa do gestor da Eletrobras, mas da circunstância em que estava inserido. A transferência de controle é a solução para isso".
Servidores
O processo de privatização foi acompanhado sob protestos por parte dos funcionários e servidores da Cepisa. Alguns temem a demissão em massa.
Augusto Miranda, diretor presidente da Equatorial Energia, empresa vencedora do leilão, ressaltou que buscará o diálogo com o sindicato dos servidores e "buscará a racionalidade". Ele enalteceu a transparência do processo em que o leilão ocorreu.
Miranda destacou que a Equatorial Energia já atua no Maranhão, estado vizinho do Piauí, e "já imprimiu um bom conhecimento da própria população"
"Temos uma proximação muito forte para dizer que a gente conhece o estado (do Piauí)". defende o presidente da empresa.
Questionado sobre um plano de desligamento, por exemplo, dos servidores mais antigos, Augusto Miranda rebateu que a Equatorial é "uma empresa responsável".
Fonte: Cidade Verde