Um novo medicamento promete ajudar no combate à disfunção erétil. Desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), ele foi feito com base no veneno de uma espécie de aranha. A toxina é capaz de provocar ereções prolongadas.
Como o medicamento é aplicável em gel, ele pode ser usado, inclusive, por mulheres que atualmente não encontram muitas possibilidades no mercado. Testes pilotos já foram feitos em humanos e constataram um aumento de 100% da pressão sanguínea no local aplicado.
Pesquisadora do programa de pós-graduação da Santa Casa e professora aposentada da UFMG, Maria Helena de Lima explica que as moléculas que causam a ereção no veneno da aranha foram isoladas e diminuídas. “O veneno é como uma mistura de pequenas moléculas”, explica.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 30% da população masculina no Brasil enfrenta algum tipo de disfunção erétil. Conforme a professora, o problema, em 2025, deve atingir 300 milhões de pessoas no mundo.
Melhor que o viagra
De acordo com Maria Helena, o medicamento é melhor do que o viagra, um dos mais utilizados contra a disfunção erétil. Isso porque o popularmente conhecido como ‘azulzinho’ é contraindicado para pacientes com doenças crônicas, como a diabetes e a hipertensão.
No caso de quem tem diabete, o tecido vascular pode estar destruído e a pessoa não responde ao medicamento. Além disso, o medicamento pode ser um risco com utilização em conjunto a remédios contra a pressão alta.