O Fantástico, em sua edição de domingo (14/01), trouxe à luz os detalhes da Operação Jogo Sujo, destacando a prisão de Itallo Bruno, ex-motoboy de 24 anos, agora acusado de lavagem de dinheiro e conexão com uma facção criminosa.
A matéria revela que Itallo construiu sua fortuna "promovendo rifas com prêmios atrativos por valores irrisórios," levantando suspeitas de que os sorteios poderiam ser uma fachada para lavagem de dinheiro de uma organização criminosa.
Em apenas seis meses, Itallo movimentou cerca de R$ 5 milhões, gastando principalmente em "luxos e ostentações." A compra de uma casa de luxo no valor de R$ 1 milhão chamou a atenção da polícia, que investiga a origem do dinheiro, incluindo R$ 400 mil pagos em dinheiro vivo e dois PIX de R$ 300 mil cada.
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O Fantástico também encontrou um ganhador de uma das rifas, João Alberto, que recebeu apenas uma fração do prêmio prometido. A investigação sugere que "oferecer prêmios menores do que os anunciados era uma prática comum de Itallo."
As autoridades descobriram transações financeiras relacionadas a membros de uma facção criminosa envolvida no tráfico de drogas. O delegado Alisson Macedo destaca a identificação de Paulo Henrique de Moura, conhecido como Pom-Pom, como um dos líderes dessa facção, com mensagens revelando uma conexão entre ele e Itallo.
Itallo Bruno, agora sob custódia, enfrenta acusações de "prática de jogos de azar, lavagem de dinheiro e associação criminosa," com possíveis penas somando até 18 anos de prisão. Sua defesa nega qualquer envolvimento com facções criminosas, enquanto o Ministério Público do Piauí questiona a prisão, alegando falta de provas concretas de sua participação em uma organização criminosa.
Os advogados de Paulo Henrique de Moura também negam qualquer relação dele com a investigação sobre Itallo Bruno, insistindo que ele não faz parte de uma facção criminosa.