Nos Estados Unidos -
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Um menino de 11 anos sofreu um raro acidente vascular cerebral (AVC) após uma brincadeira que terminou em acidente em uma escola no estado de Wisconsin, nos Estados Unidos. O caso ocorreu em setembro, quando alunos do sexto ano estavam no intervalo e os professores, ao perceberem que o garoto havia desmaiado, o levaram às pressas para o hospital. O que parecia apenas um desmaio foi, na verdade, um AVC provocado por um golpe acidental. Com informações do Metrópoles.
O acidente aconteceu quando Cole Ditmore participava de um jogo criado pelas próprias crianças. Ele segurava um marcador de texto na boca enquanto colegas tentavam derrubá-lo usando uma bolada, sem atingir o menino. No entanto, a bola acertou Cole e empurrou o marcador para dentro de sua garganta, fazendo-o engasgar e desmaiar imediatamente.
Em entrevista ao hospital, Cole relatou que lembra de ver a bola se aproximando antes de perder a consciência. Ele contou que ouvia pessoas falando com ele, mas não conseguia enxergá-las com clareza. Quando recobrou os sentidos, ainda apresentava dificuldade na fala e perda progressiva dos movimentos do lado esquerdo do corpo, o que alertou a equipe escolar sobre a gravidade da situação.
No hospital local, exames mostraram que o marcador havia causado uma perfuração na parte posterior da garganta, levando à formação de um coágulo que provocou o AVC. Diante da urgência, médicos administraram trombolíticos para evitar danos cerebrais permanentes e transferiram o menino para um hospital especializado, onde ele se tornou o paciente mais jovem da ala de neurologia.
Foto: Divulgação/ Our Lady of the Lake Regional Medical Center
A equipe médica realizou uma angiotomografia que confirmou a dissolução do coágulo. Mesmo assim, Cole permaneceu em observação sob os cuidados de uma equipe multidisciplinar composta por pediatras, neurologistas e cirurgiões vasculares. Segundo a mãe do garoto, Angelina, o momento mais difícil foi quando ele perguntou, ao acordar, se iria morrer.
Durante o período de internação, Cole foi submetido a avaliações contínuas de fala, coordenação e estado neurológico, já que havia risco elevado de sequelas em um cérebro ainda em desenvolvimento. Ele permaneceu uma semana na UTI pediátrica, realizando terapia para recuperar os movimentos prejudicados no lado esquerdo do corpo.
Dois meses após o acidente, o menino continua em fisioterapia e fonoaudiologia, mas já retornou à escola, seguindo restrições médicas para atividades de contato. Apesar de não poder jogar futebol, ele retomou parte das brincadeiras com os colegas. O episódio também proporcionou um momento especial: Cole realizou o sonho de entrar em campo com os atletas do LSU Tigers, equipe de futebol americano da qual é torcedor.