Francisco Emanuel criou mais uma “cortina de fumaça” como tentativa de tirar os olhos sobre denúncias de sua própria gestão.
Uma exaustiva e criminosa divulgação , feita por pessoas ligadas diretamente ao prefeito de Parnaíba, Francisco Emanuel, de uma manifestação do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) envolvendo a gestão do ex-prefeito Mão Santa reacendeu o debate político no município, considerando que, na verdade, trata-se de mais uma ação de ataque do prefeito contra justamente quem o criou politicamente e quem lhe indicou e o apoiou como candidato a prefeito da segunda maior cidade do Piauí.
Prefeito Francisco Emanuel usa denúncia contra Mão Santa como 'cortina de fumaça' - Foto: ReproduçãoA atitude do prefeito, além de ser o segundo ato de traição contra Mão Santa e contra a gestão da qual ele próprio participou, durante longos 8 anos, leva a inevitável avaliação de que a iniciativa tem servido como estratégia clara para desviar a atenção sobre uma sequência legítima de denúncias formais em órgãos como o Ministério Público, Polícia Federal e o próprio TCE-PI, além de uma série de reportagens com denúncias graves, muitas delas publicadas aqui, pelo Lupa1.
Exemplo de matérias factoides contra Mão SantaO processo citado pelo prefeito, de autoria dele próprio, refere-se à Representação nº 013.786/2025, que trata de supostas inconsistências contábeis no encerramento do exercício financeiro de 2024. A partir dessa representação, o TCE decidiu, por unanimidade, converter o caso em Tomada de Contas Especial. A decisão, no entanto, é previsível, rotineira e não é condenação ao ex-prefeito, tampouco reconhece desvio de recursos públicos, limitando-se a apontar tópicos que precisam ser avaliados mais profundamente.
Apesar disso tudo, o prefeito passou a divulgar o caso como sendo uma constatação de irregularidades graves. Nos próprios autos, o TCE determina que o prefeito atual é quem deve instaurar a fase interna do procedimento, produzir provas, identificar responsáveis e quantificar eventual dano, algo que ainda não foi apresentado publicamente, o que deve vir a ser, certamente, o terceiro ato da saga traiçoeira de Francisco Emanuel contra Mão Santa.O processo no TCE-PI trata de procedimentos contábeis, como suposta anulação de empenhos e estornos de liquidações, e não de apropriação indevida ou desaparecimento de recursos públicos.

Além disso, parte dos atos questionados pelo próprio prefeito envolve o período de transição administrativa, conduzida com equipes técnicas que fizeram e seguem fazendo parte da estrutura da prefeitura.
Diante de mais essa estratégia de tentativa de manchar a imagem política do seu próprio “pai político”, nada mais é de se duvidar que possa nascer a partir das ideias de Francisco Emanuel e dos que o cercam.