quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Prefeito de Parnaíba cria factoide contra Mão Santa e consuma segundo ato de traição contra seu criador

Francisco Emanuel criou mais uma “cortina de fumaça” como tentativa de tirar os olhos sobre denúncias de sua própria gestão.

Uma exaustiva e criminosa divulgação , feita por pessoas ligadas diretamente ao prefeito de Parnaíba, Francisco Emanuel, de uma manifestação do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) envolvendo a gestão do ex-prefeito Mão Santa reacendeu o debate político no município, considerando que, na verdade, trata-se de mais uma ação de ataque do prefeito contra justamente quem o criou politicamente e quem lhe indicou e o apoiou como candidato a prefeito da segunda maior cidade do Piauí.
Prefeito Francisco Emanuel usa denúncia contra Mão Santa como 'cortina de fumaça' - Foto: Reprodução

A atitude do prefeito, além de ser o segundo ato de traição contra Mão Santa e contra a gestão da qual ele próprio participou, durante longos 8 anos, leva a inevitável avaliação de que a iniciativa tem servido como estratégia clara para desviar a atenção sobre uma sequência legítima de denúncias formais em órgãos como o Ministério Público, Polícia Federal e o próprio TCE-PI, além de uma série de reportagens com denúncias graves, muitas delas publicadas aqui, pelo Lupa1.
Exemplo de matérias factoides contra Mão Santa


O processo citado pelo prefeito, de autoria dele próprio, refere-se à Representação nº 013.786/2025, que trata de supostas inconsistências contábeis no encerramento do exercício financeiro de 2024. A partir dessa representação, o TCE decidiu, por unanimidade, converter o caso em Tomada de Contas Especial. A decisão, no entanto, é previsível, rotineira e não é condenação ao ex-prefeito, tampouco reconhece desvio de recursos públicos, limitando-se a apontar tópicos que precisam ser avaliados mais profundamente.
Apesar disso tudo, o prefeito passou a divulgar o caso como sendo uma constatação de irregularidades graves. Nos próprios autos, o TCE determina que o prefeito atual é quem deve instaurar a fase interna do procedimento, produzir provas, identificar responsáveis e quantificar eventual dano, algo que ainda não foi apresentado publicamente, o que deve vir a ser, certamente, o terceiro ato da saga traiçoeira de Francisco Emanuel contra Mão Santa.

O processo no TCE-PI trata de procedimentos contábeis, como suposta anulação de empenhos e estornos de liquidações, e não de apropriação indevida ou desaparecimento de recursos públicos.


Além disso, parte dos atos questionados pelo próprio prefeito envolve o período de transição administrativa, conduzida com equipes técnicas que fizeram e seguem fazendo parte da estrutura da prefeitura.

Diante de mais essa estratégia de tentativa de manchar a imagem política do seu próprio “pai político”, nada mais é de se duvidar que possa nascer a partir das ideias de Francisco Emanuel e dos que o cercam.